Viajar de avião com o animal de estimação demanda uma preparação burocrática que inclui vacinas, registros e os trâmites com a companhia aérea. Porém, tão importante quanto organizar a logística do transporte do animal, está também a preocupação em preparar a parte física e psicológica do pet.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) exige que o tutor apresente a carteira de vacinação do animal contendo a vacina antirrábica, aplicada há mais de 30 dias e válida por 1 ano, e um comprovante atestado por um médico veterinário afirmando que o animal está saudável e apto para viajar. Demais regras variam de acordo com a companhia aérea.

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Outro documento que pode ser usado em viagens é o passaporte animal, que é aceito nos países do Mercosul. Ele é considerado um documento opcional que pode ser feito através de uma Unidade do Sistema Vigiagro habilitada para a emissão do passaporte. O documento só é concedido para animais que atendam os seguintes requerimentos: sejam nascidos há pelo menos 90 (noventa) dias no Brasil, sejam criados por proprietários residentes no Brasil e tenham sido examinados por médico veterinário inscrito no CRMV-UF, que ateste a boa saúde dos animais.

Especialistas em comportamento animal explicam que para evitar o estresse e mal-estar do animal é muito importante que o tutor se preocupe com toda a parte comportamental e adaptação do pet antes da viagem.

Gatos são animais naturalmente estressados. Eles são super inseguros, e não tem o comportamento desprendido e sociável que é mais costumeiro dos cães, então precisa ser treinado para isso com muito mais antecedência.

Ao saber que irá viajar com seu animal, seja ele filhote ou adulto, o importante é treiná-lo e adaptá-lo à caixa de transporte. Muitos podem ficar nervosos e ansiosos, o que pode levar até ao óbito por estresse. É necessário que haja uma pré-adaptação à caixa de transporte de forma positiva. Essa caixa precisa ser inserida como parte do ciclo diário dele, para garantir que ele consiga entrar e sair da caixa sozinho, sentindo segurança, deixar que ela esteja presente no momento dele dormir, de se alimentar, criando associações positivas para que ele entenda que a caixa de transporte é algo que faz parte do cotidiano.

É ideal que os cães também façam passeios, caminhadas, ou até que fiquem em uma creche brincando bastante no dia anterior à viagem, para que ele esteja com a sua energia bem equilibrada na hora do voo. Para gatos, o estímulo pode ser feito em casa, brincando com o tutor e com objetos próprios para entretenimento no dia anterior à viagem.

A dimensão da caixa de transporte também é algo muito importante a se considerar. O ideal é que o animal se sinta confortável no espaço, lembrando que ele poderá passar muitas horas no local.