No 2° discurso como governador, Tarcísio de Freitas exaltou a Deus, agradeceu o apoio de sua família e afirmou que dará prioridade à redução das desigualdades sociais no Estado e à pacificação social. Em um discurso nacionalizado, o ex-ministro de Jair Bolsonaro agradeceu mais uma vez ao agora ex-presidente e pediu, sem citar diretamente o nome de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não ocorram retrocessos no controle dos gastos públicos no Brasil.

“Uma das palavras mais pronunciadas na política hoje é pacificação. Certamente por expressar um anseio social. Mas a pacificação demanda gestos e passa seguramente por retrospectiva crítica, que nos blinde de erros cometidos, mas também pelo reconhecimento de avanços”, disse, em defesa do governo Bolsonaro.

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Diante de uma plateia que já havia ovacionado Bolsonaro, o governador seguiu dizendo que o “Brasil deve encerrar o ano com superávit de 0,4% do PIB graças à melhora da qualidade do gasto público e do melhor ambiente de negócios”. Afirmou ainda que o País avançou em privatizações e concessões.

“Se olharmos o gasto da União em 2022, ele será 0,5 ponto porcentual do PIB, menor que em 2018. Será a primeira vez desde a redemocratização que um presidente lega para o seu sucessor um gasto menor do que o herdado do governo anterior.” E continuou: “O poder público é como uma corrida de revezamento. Recebe-se o bastão, corre-se na maior velocidade possível, passa-se o bastão para quem correrá depois. O que se espera é que não haja retrocessos em termos de qualidade do gasto, gestão fiscal e parcerias com a iniciativa privada. São Paulo e o Brasil precisam caminhar juntos. Um não prospera sem o outro.”

Tarcísio agradeceu ainda ao eleitorado de São Paulo, que, segundo ele, não perguntou de onde ele veio, mas acreditou para onde poderia levar o governo – o novo governador é carioca e nunca morou no Estado. “Entendemos o recado das urnas e vamos governar para todos.”

Assim como já havia feito ao tomar posse na Assembleia Legislativa, Tarcísio se comprometeu a trabalhar pelo crescimento econômico do Estado com o objetivo de alcançar o que classificou como finalidades de seu governo: reduzir as desigualdades, atender aos dependentes químicos e parte da população ainda analfabeta, entre outros desafios.

Ao longo do discurso, Tarcísio citou alguns legados dos 28 anos de governos tucanos, como o Bom Prato e as escolas técnicas, afirmando que não pretende promover nenhuma ruptura, mas avanços. Citou a conclusão de obras atrasadas, como linhas de metrô e o trecho norte do Rodoanel, e afirmou que vai trabalhar com a ajuda da tecnologia em todas as áreas, como na Segurança Pública.