Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) – A startup de planos de saúde para pequenas empresas Sami anunciou nesta terça-feira que recebeu um aporte de 110 milhões de reais liderado pelos fundos de capital de risco DN Capital, monashees, Redpoint e Valor Capital.

Trata-se da extensão de uma rodada inicial recebida no ano passado, elevando a captação total para cerca de 200 milhões de reais e envolveu também os fundos Two Culture Capital, Endeavor Scale Up Ventures, The Fund, Lakewood, além dos investidores Kevin Efrusy e Ricardo Marino, este o presidente do conselho do Itaú Unibanco para a América Latina.

Com sede na capital paulista, a startup tem um modelo baseado em atenção primária, rede hospitalar, telemedicina e cuidado preventivo, incluindo academias de ginástica. A rede credenciada inclui os hospitais Beneficência Portuguesa e Oswaldo Cruz, além do grupo de medicina diagnóstica Dasa.

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Além disso, a venda dos planos é feita diretamente para clientes, sem intermediação de corretores.

Segundo o presidente da operadora, diz Guilherme Berardo, esse modelo permite que a companhia tenha melhor eficiência no uso das receitas, por isso tem seu índice de sinistralidade -que mede quanto uma operadora consome das receitas para pagar procedimentos médicos – menor do que a da média do mercado.

“Nossa sinistralidade está na casa de 60%”, afirmou Berardo em comunicado, enquanto o índice considerado aceitável pelo mercado gira em torno de 70% a 75%.

Por isso, a startup afirma usar a inflação medida pelo IPCA para reajuste do valor dos planos, enquanto o índice usado pelos planos tradicionais costuma ser sempre superior. “E nossa intenção é continuar assim”, disse ele.

Segundo a companhia, o reajuste aplicado em 2021 foi de 6,2%, quase 40% menor que a média dos planos comercializados para pequenas e médias empresas no Brasil, de 9,91%.

Criada em 2018, a startup lançou seu primeiro plano de saúde em novembro de 2020, e opera por ora apenas em cidades da região metropolitana de São Paulo. Atualmente, afirma ter cerca de 7 mil clientes, entre empresas e profissionais liberais.

Segundo a Sami, os novos recursos serão usados em tecnologia e para dobrar no ano que vem o número de funcionários, base que subiu de 22 para 400 durante a pandemia. A companhia já prevê ter um novo aporte de investidores em 2022.

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