A prisão preventiva do jogador Daniel Alves, suspeito de estupro, tem origem em uma legislação protetiva: o chamado protocolo de Callem surgiu em Barcelona, na Espanha, com objetivo de combater o assédio contra mulheres em locais públicos, como bares e outros pontos de lazer. Outras informações de testemunhas também foram determinantes para as investigações. 

Um porteiro da boate afirmou que a vítima estava “ansiosa”. Segundo o El País, a vítima, de 23 anos, retornou à boate e, depois da insistência do funcionário, ela relatou o que aconteceu. Em seguida, o porteiro deu início ao protocolo (desde 2022, os estabelecimentos em Barcelona recebem treinamento para lidar com esse tipo de situação). 

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O protocolo de Callem consiste em atender a vítima de forma imediata, acompanhando-a para uma sala resguardada onde possa receber a devida atenção, seguindo-se um alerta às autoridades de emergência médica e à polícia local. A jovem foi encaminhada ao Hospital Clínic de Barcelona, onde foram verificadas as lesões sofridas por ela. 

Quando sofremos uma agressão, nossa cidade não deve nos julgar, mas nos acompanhar e defender”, afirmou a prefeita de Barcelona, Ada Colau, depois da prisão preventiva do jogador em post no Instagram.

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Acusado de assédio sexual, Alves foi mantido sob custódia na Espanha desde o dia 20 de janeiro, depois de prestar depoimento. Ele nega as acusações. O lateral-direito havia se apresentado a uma delegacia após ser intimado para responder sobre uma acusação de assédio sexual.  

Na segunda-feira (23), ele foi transferido para um presídio com celas menores perto de Barcelona, para “garantir a segurança e a convivência comum”, informaram fontes da polícia espanhola.