O petróleo fechou em baixa nesta segunda-feira, 10, depois de registrar forte alta no acumulado da semana passada. O movimento em meio a sinais de desaceleração da economia chinesa, após dados fracos de inflação na China em junho. Os investidores aguardam os relatórios da Organização dos Países Exportadores de Petróleo(OPEP) e da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) a serem divulgados nesta semana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em queda de 1,18% (US$ 0,87), a US$ 72,99 o barril, enquanto o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 0,99% (US$ 0,80), a US$ 77,69 o barril.

O petróleo chegou a oscilar em território positivo mais cedo, mas a alta não se firmou. Para o consultor econômico da Remessa Online André Galhardo, as leituras de inflação na China “vieram abaixo da expectativa do mercado e sugerem que a desaceleração da economia asiática continua em curso”, acrescentando a conjuntura é de temor pelo quadro global. O preço do petróleo é pressionado também pelas perspectivas de outras economias, segundo o analista.

“A gente olha para a China e há uma grande possibilidade de perda de ritmo mais acentuada à frente. Olha para a economia americana, e é provável que o Federa Reserve (Fed) promova entre dois e três aumentos de juros ainda neste ano. E na Europa caminhando rapidamente para um quadro de recessão técnica”, acrescentou.

O Banco Popular da China (PBOC, na sigla em inglês) informou nesta manhã que vai estender a política de apoio ao setor imobiliário do país, como parte dos esforços para incentivar a recuperação econômica. O Navellier Calculated Investing espera que os “problemas” da China sejam resolvidos por mais medidas do governo, mas destacou que, ainda assim, é “perturbador que a segunda maior economia do mundo” esteja lidando com a desinflação.