Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam nesta quinta-feira, 13, em alta pelo terceiro pregão consecutivo e o Brent alcançou maior nível desde abril de 2023. A firme queda do dólar no exterior forneceu impulso à commodity, que se intensificou à tarde após a notícia de que uma invasão forçou a interrupção da produção de um campo na Líbia.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em alta de 1,50% (US$ 1,14), a US$ 76,89 o barril, enquanto o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,56% (US$ 1,25), a US$ 81,36 o barril.

Em relatório mensal, a Opep elevou sua projeção de alta na demanda global por petróleo para 2023 em 100 mil barris, para 2,4 milhões de barris por dia. Sobre o assunto, a Navellier avalia que a Opep está apertada. “A correção dos preços de energia ainda parecem muito bons e teremos uma demanda sazonal muito forte até o ‘Labor Day’ Dia do Trabalho nos EUA, em 4 de setembro”.

Ao contrário da Opep, a Agência Internacional de Energia (AIE) cortou sua projeção de demanda global para este ano, também em relatório mensal. A AIE indicou a possibilidade da Rússia ultrapassar a Arábia Saudita como maior produtora do óleo da Opep junto com seus aliados. Sobre produções e exportações, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, destacou que as companhias de petróleo decidirão por conta própria os números de produção ou exportação de petróleo em agosto.

Apesar da força da commodity, a CMC Markets aponta que os preços seguem moderados pela preocupação da demanda chinesa, que ganhou novo impulso após resultados “decepcionantes” da sua balança comercial. “Podemos ver claramente que a economia chinesa está lutando, no entanto, a fraqueza do dólar americano está ajudando a manter o Brent razoavelmente bem suportado perto das máximas de dois meses”.

No radar de investidores, também está o anúncio da petroleira Exxon Mobil de que chegou a um acordo para comprar a Denbury, empresa de armazenamento e captura de carbono, no mais novo esforço da empresa para a transição energética.