Apesar do temor dos acionistas com os impactos da mudança na política de preços internos da Petrobras, a petroleira continua nadando de braçada quando o assunto são as distribuições de dividendo. No primeiro semestre deste ano as ações PN e as ON tiveram rendimentos de 19,40% e 16,95%, respectivamente.

O resultado mantém a Petrobras entre as maiores pagadoras de dividendos no ramo do petróleo no mundo. Segundo o Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson, as petroleiras pagaram, ano passado, entre 15% e 21% em dividendos para seus acionistas. Petrobras e a australiana BHP foram as maiores do ranking em 2022.

No primeiro semestre deste ano, a Petrobras foi desbancada no ranking de maiores pagadores de dividendos na B3 levantados pelo TradMap por uma questão técnica.

No topo da lista semestral ficou a companhia de calçados Grandene, com dividendos de 21,4% sobre o preço do ação. A dona das marcas Ipanema, Melissa e Rider distribuiu R$ 1 bilhão referente à decisão do Tribunal Federal da 5a Região relacionada ao cálculo do IRPJ e da CSLL.

Compõem o topo da lista dos pagadores de dividendos de dois dígitos as empresas Mahle (14,56%); CSN (12,39%); CSN Mineração (11,0%) e Auren (10,18%).

Para o levantamento, o TradMap considera as companhias que integram os índices Ibovespa, Small Cap, Índice de Dividendos (Idiv) e Índice Brasil 100 (IBrX 100).