O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 15, após ter operado em baixa durante grande parte da sessão, favorecido pela queda do dólar e dos juros dos Treasuries. Ainda, os preços seguiram expectativas para as próximas decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), após pausa nos juros na quarta-feira e depois da coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,09%, a US$ 1.970,70 por onça-troy.

Na visão do analista Carig Erlam, da Oanda, o ouro conseguiu se recuperar no fim do pregão, ao lado de um euro fortalecido ante o dólar e com o resultado dos pedidos de auxílio-desemprego, maior que o esperado, o que pode sugerir alívio ao mercado de trabalho americano – apesar da possibilidade de o dado ser “ruidoso”.

“Se o ouro terminar o dia na faixa de US$ 1.940 a US$ 1.980, talvez seja surpreendente, considerando tudo o que vimos e ouvimos nesta semana. Será interessante ver se isso continua, já que a narrativa sobre o Fed parece ter mudado nos últimos dias” avalia Erlam.

Apesar da alta, o Julius Baer avalia que essa não foi uma boa semana para o ouro, com os preços caindo devido a um relatório misto de inflação dos EUA, e pressionado ainda mais após o Fed ter sinalizado “prontidão” para aumentar as taxas de juros novamente. “Embora não vejamos a necessidade de novos aumentos, também não acreditamos que o fim do ciclo de alta das taxas melhorará as perspectivas para o ouro e a prata – a menos que a economia dos EUA deslize para uma recessão de base mais disseminada e duradoura”, analisa o banco suíço.