A Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, deu início aos testes de resistência dos escudos protetores projetados para cobrir o aparelho que irá entregar amostras de solo de Marte. Em voo, são esperadas, segundo os engenheiros da agência norte-americana, colisões com objetos minúsculos em velocidades ultra-altas. Pensando nisso, os cientistas usam balas de grande calibre para testes na Terra.


O laboratório onde são realizados esses testes trabalha para a agência espacial desde a era dos ônibus espaciais. A parceria do Laboratório de Testes Remotos de Hipervelocidade (LTRH) e da Nasa permite desenvolvimento e teste de materiais com características desejadas, por exemplo, para proteger a Estação Espacial Internacional de resíduos espaciais, proteger naves tripuladas comerciais e carga espacial de detritos e pedras no espaço.

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Balas de calibre 50 criadas especialmente para o projeto são disparadas por canhão especial nas placas de proteção. De acordo com os cientistas, os impactos são mais bem refletidos por material feito de várias camadas finas, e não por um único bloco de metal.

Entretanto, os engenheiros usam computadores para simular colisões em velocidades reais de até 80 km/s, já que a velocidade das balas não é suficientemente rápida para imitar com precisão os impactos possíveis no espaço real. Em tais condições, segundo os cientistas, até a poeira pode causar sérios danos.

Desenvolvido em parceria entre a Nasa e Agência Espacial Europeia (ESA), o Mars Sample Return Orbiter foi projetado para devolver à Terra amostras coletadas pelo rover Perseverance, que agora está estudando a superfície do Planeta Vermelho.

Esta será a primeira vez que cientistas terão a oportunidade de estudar amostras relativamente frescas vindas do Planeta Vermelho.