A repercussão da morte do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR) assassinado por um seguidor do presidente Bolsonaro, ganhou destaque na imprensa internacional. Ele foi assassinado neste domingo (10), pelo agente penal José da Rocha Guaranho – a suspeita principal da Polícia Civil é de que o crime teve motivação política, já que Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos com uma festa temática do ex-presidente Lula e Guaranho era notório apoiador do presidente Jair Bolsonaro.

Portais grandes da França, como o Le Parisien e o Le Figaro, puxaram o caso pelo viés político do assassinato. O primeiro destacou a denúncia de Lula sobre o “discurso de ódio” de Bolsonaro, e o Le Figaro apontou a militância petista de Arruda.

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O El País, principal publicação da Espanha, destacou no título que um petista foi morto por um bolsonarista, enquanto a agência EFE ressaltou o impacto da morte na política brasileira. O texto em inglês da Reuters, distribuído no mundo inteiro, divulgou a “violência pré-eleição” e chamou atenção para a subida no tom das disputas políticas, classificando a morte de Arruda como “mau presságio” sobre o que ocorrerá na campanha eleitoral.

Na América Latina, os argentinos La Nación, Clarín e Página 12 deram repercussão ao assassinato pela vinculação ideológica – o Página 12 apontou o crime como resultado do discurso de ódio da militância antipetista.

O Infobae, também da Argentina, chamou Arruda de “líder do PT” e Guaranho de “seguidor de Bolsonaro”, enquanto o portal Crônica adicionou que o agente penal entrou na festa de aniversário do petista “gritando a favor de Jair Bolsonaro”.