O ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 13, apoiado pela queda no dólar e nos juros dos Treasuries, após leitura de junho do índice de inflação ao produtor (PPI) dos EUA fortalecer as expectativas de que a próxima alta nos juros do Federal Reserve (Fed), precificada para julho, será a última.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 0,10%, a US$ 1.963,80 por onça-troy.

O preço da commodity sobe conforme a depreciação do dólar a torna relativamente mais barata, e à medida que o recuo nos retornos dos Treasuries amplia a atratividade do ouro, Eu .

O movimento ocorre após o mercado digerir o PPI americano de junho, mais uma leitura da inflação que, assim como o índice de preços ao consumidor (CPI) dessa quarta-feira, aumentou a probabilidade de a taxa básica do Fed terminar o ano na faixa entre 5,25% e 5,50%, após um último aumento de 25 pontos-base na reunião deste mês.

“O PPI mostrou outra melhora na inflação, impulsionando o otimismo de que o Fed esteja se aproximando do fim do seu ciclo de aperto”, escreveu a Stifel Economics.

Para o Commerzbank, é provável que a desvalorização recente do preço do ouro tenha chegado ao fim, agora que o mercado reduziu significativamente suas expectativas de elevações adicionais de juros dos EUA. O banco disse, em relatório, que vê potencial de risco de alta para o ouro próximo ao fim do ano, porque, até lá, deverá estar evidente que o ciclo de aperto acabou.

Já o Julius Baer afirmou não acreditar que as expectativas para a trajetória de juros dos EUA seja suficiente para sustentar os preços do ouro – e da prata – no longo prazo. “Para que isso acontecesse, seria necessária uma recessão americana completa e uma rápida reversão na política monetária dos EUA, o que é improvável em nossa opinião. Além disso, o mercado de ouro e prata ainda reflete um prêmio de preço parcial relacionado à turbulência bancária nos EUA, que deve continuar diminuindo”, disse.