O encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta segunda-feira (20) não foi positivo para a imagem do Primeiro Ministro do Reino Unido, Boris Johnson. O encontro, que antecedeu a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, foi alvo de críticas dos principais jornais ingleses nesta terça (21).

Chamou a atenção principalmente o fato de Bolsonaro se recusar a tomar a vacina oferecida por Johnson, a inglesa AstraZeneca. “Ainda não”, diz Bolsonaro aos risos em vídeo reproduzido nas redes sociais.

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O Daily Mail fez um breve histórico de declarações negacionistas de Bolsonaro, lembrando o episódio em que o presidente brasileiro ironizou a vacina americana da Pfizer e insinuou que o imunizante iria transformar pessoas em jacaré.

O The Mirror falou sobre a frustração de Johnson ao tentar discutir pautas sobre mudanças climáticas com um líder “cético em relação às mudanças climáticas”. Ainda recordou que Bolsonaro disse “ser incapaz de amar um filho gay” e que já descreveu uma parlamentar (Maria do Rosário) como “não digna de ser estuprada”.

Por fim, o The Guardian criticou duramente Johnson por ter dito a Bolsonaro que a AstraZeneca “é ótima enquanto não usa máscara”.

Bolsonaro é o único líder do G20 presente na conferência da ONU a não ter se vacinado. Por isso, não pode ingressar em restaurantes e estabelecimentos comerciais fechados em Nova York, o que o fez comer na rua – uma pizza e depois na churrascaria Fogo de Chão.

Bolsonaro também foi alvo de diversos protestos em Nova York e chegou a gravar um vídeo para dizer que “meia dúzia de acéfalos protestam contra Jair Bolsonaro para delírio de parte da imprensa ($) brasileira”.

https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1440259056925511684