SÃO PAULO (Reuters) – A queda do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) se intensificou a 1,22% em setembro, depois de um recuo de 0,55% no mês anterior, uma vez que os preços de commodities e combustíveis continuaram pressionando, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de deflação de 0,85%, e o resultado de setembro levou o índice a acumular em 12 meses alta de 7,94%.

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No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, caiu 1,68%, de queda de 0,63% no mês anterior.

A pressão para o consumidor em setembro aumentou, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– teve oscilação positiva de 0,02% no período, de queda de 0,57% em agosto.

“Os preços de commodities e combustíveis continuam a orientar a desaceleração do IPA e do IPC. Contudo, o IPA antecipa maior contração das pressões inflacionárias”, explicou em nota o coordenador dos índices de preços, André Braz.

“O índice de difusão – que mede o percentual de produtos e serviços com elevação em seus preços – vem apresentando importante recuo”, completou.

Segundo Braz, em setembro de 2021, 69% dos itens componentes do IPA tinham alta de preços, enquanto no mesmo mês deste ano o percentual caiu para 30%.

No IPC, o número de itens com aumento de preço passou de 65% em setembro de 2021 para 58% em setembro de 2022.

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou alta de 0,09% em setembro, repetindo a mesma taxa de agosto.

O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

(Por Camila Moreira)

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