A Ford deu início na quinta-feira (23) ao Enter, programa social que visa capacitar pessoas de baixa renda para o mercado de tecnologia. O projeto buscar evitar um apagão tecnológico no País, tendo em vista que o déficit de profissionais no segmento será de 525 mil até 2025.

O alerta tem como base levantamento da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). “Por algum tempo, nós pensamos sobre uma iniciativa que tivesse conexão com nosso negócio e fosse relevante para a sociedade. Esse foi o embrião do Ford Enter”, disse à DINHEIRO Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul. “Nosso novo programa de responsabilidade social acaba de nascer e chega com a missão de conciliar duas necessidades: desenvolver mão de obra especializada para o setor de tech e contribuir para que pessoas de baixa renda passem a ter acesso à educação e a empregos de qualidade.”

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Desenvolvido pela Ford Brasil, em parceria com o Senai-SP, o programa serve de ponte entre o setor de tecnologia, que segue em expansão, e pessoas de baixa renda sem acesso a empregos de qualidade por falta de capacitação. Segundo a pesquisa Escassez de Talentos 2022 realizada pelo ManpowerGroup com mais de 40 mil empregadores em 40 países, o Brasil está entre os dez com maior dificuldade em preencher vagas qualificadas, principalmente no segmento de Tecnologia da Informação & Dados

São 200 vagas no Enter, totalmente gratuitas e que não exigem conhecimento prévio de tecnologia. Em seis meses, os alunos vão participar de 440 horas de aulas presenciais ministradas por professores do Senai-SP no Ford Academy, centro multifuncional da marca situado na unidade Ipiranga do Senai. Além da formação em front-end, porta de entrada no mercado de tecnologia, o cronograma inclui, por exemplo, aulas de inglês técnico e lógica.

Os alunos tem ajuda de custo em torno de R$ 350 para alimentação e transporte, além de suporte pedagógico e assistência social. No final, os estudantes receberão um certificado e alguns serão selecionados para uma etapa adicional de aprendizado, a formação back-end. “Acreditamos no futuro conectado, elétrico e tecnológico – a área de tecnologia, a propósito, é uma das que mais crescem no Brasil”, disse Daniel Justo. “Por meio da educação, queremos derrubar as barreiras que separam jovens com poucos recursos dos empregos com salários mais elevados.”