Uma pesquisa realizada em pacientes que tiveram a chamada covid longa na Inglaterra mostrou que os danos em seus órgãos seguem após um ano da infecção mesmo naqueles que não tiveram um quadro grave da doença. 

O estudo foi publicado na revista Journal of the Royal Society of Medicine e concentrou-se em 536 pacientes que relataram sentirem falta de ar e disfunção cognitiva depois de 12 meses de terem sido diagnosticados com Covid pela primeira vez.

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Desse universo, 13% chegaram a ser internados quando contraíram a doença pela primeira vez. Após um ano, dentre os 331 pacientes que tiveram danos em alguns órgãos, 29% seguiram apresentando comprometimento em mais de um órgão e 59% estavam com apenas um órgão comprometido.

A pesquisa foi feita após seis meses e um ano da contaminação, e relatou uma redução dos sintomas entre o período: falta de ar extrema caiu de 38% para 30% dos pacientes, disfunção cognitiva, de 48% a 38% e má qualidade de vida relacionada à saúde de 57% para 45%.  

“Vários estudos confirmam a persistência de sintomas em indivíduos com covid longa por até um ano. Agora acrescentamos que três em cada cinco pessoas têm comprometimento em pelo menos um órgão e um em quatro têm comprometimento em dois ou mais órgãos, em alguns casos sem sintomas” afirmou um dos membros da pesquisa, Amitava Banerjee, professor de ciência de dados clínicos no Institute of Health Informatics do University College London.