Representando metade da população brasileira, as classes D e E puxaram a alta do consumo no país em 2022. A alta foi de 5,2% em relação a 2021, de acordo com o relatório Customer Insights, da Kantar. No total, a alta do país, ao englobar todas as classes no recorte de aquisição de bens de consumo massivos, foi de 2,7%, no ano passado. 

Esta parcela do país, que ganha entre R$ 1.300 e R$ 5.000 mensais, vê mais metade dessa renda consumida por compras no supermercado, de acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva. Mesmo diante deste fator e dos problemas estruturais presentes no país, como a inflação dos mais diversos produtos, em 2022, os consumidores da classe D e E lideraram a alta do consumo nacional. 

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“Apesar desta parcela da população brasileira estar preocupada com os itens básicos de sobrevivência alimentar, ela ainda encontra, principalmente no varejo nacional, produtos de interesse e lazer, ajudando a impulsionar a economia nacional”, explica Rogério Albuquerque, head de marketing e produtos da Card. 

Novas formas de pagamento podem explicar alta

Além do cartão de crédito, o Pix caiu no gosto dos brasileiros e já é o meio de pagamento mais utilizado pela população. O método representou 29% de todas as transações realizadas no Brasil em 2022. Mesmo com a expectativa da Caixa em taxar o método para empresas a partir de julho, esses números tendem a crescer ainda mais. 

“Mesmo com dificuldades e peculiaridades de um país ainda em processo de retomada econômica após a pandemia, é possível observar que o consumidor continua engajado nas compras, seja no ambiente físico ou digital. Assim, o varejo deve perceber as oportunidades e continuar a estimular este movimento daqui para frente”, finaliza o especialista.