O fundador da Microsoft e um dos homens mais ricos do mundo Bill Gates escreveu uma postagem em seu blog onde fez um panorama sobre o que espera para 2023 e um balanço do trabalho da Fundação Gates. 

Suas principais preocupações no artigo intitulado “The Future our grandchildren deserve” (O futuro que os nossos netos merecem) são com questões ligadas à saúde, como a pandemia de Covid-19, a erradicação da poliomielite no mundo, a democratização de máquinas de ultrassonografia e o avanço na cura da AIDS.

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Novas vacinas contra a Covid

Sobre a pandemia, Gates indicou a sua preocupação com os torcedores na Copa do Mundo que não usavam qualquer tipo de proteção nas arquibancadas. 

“É fantástico termos saído da fase aguda da pandemia. Mas estou preocupado que esqueçamos o quão horrível foi e que, em nossa complacência, não seguiremos em frente com as coisas necessárias para evitar outra pandemia”, disse. 

Ele também celebrou que os governos estejam investindo mais em pesquisas relacionadas à pandemia, mas cobrou o desenvolvimento de uma vacina que tenha imunidade para todas as variantes do coronavírus. 

Aumento dos casos de poliomielite

Outra preocupação do bilionário é com o aumento de casos de poliomielite no mundo. Foram registrados 30 casos da doença em 2022 contra apenas 6 em 2021. Gates lembrou que o cenário de pandemia e guerra entre Rússia e Ucrânia fez com que a cobertura vacinal contra a doença caísse. 

Democratização de máquinas de ultrassonografia 

Gates valorizou também o trabalho de sua fundação quando falou sobre os esforços para democratizar a ultrassonografia em grávidas. Ele afirmou que está sendo testada uma tecnologia que uma sonda conectada a um tablet ou celular poderá fazer o trabalho completo de uma máquina de ultrassonografia. 

“O software usa inteligência artificial para ler as imagens e fornecer todas as informações que um humano treinado forneceria”, explicou Gates, que também afirmou que a novidade está sendo testada no Quênia e na África do Sul. 

Cura da AIDS 

Por fim, Gates falou sobre os avanços na cura da AIDS nos últimos anos. Ele se mostrou confiante de que uma cura para a doença poderá estar disponível nos próximos 10 a 15 ano por meio de uma terapia genética que custará entre US$ 1 mil (R$ 5.202) e US$ 2 mil (R$ 10.405) por pessoa.  

“Os cientistas estão trabalhando em várias maneiras de conseguir isso. Uma abordagem é modificar a superfície das células que o HIV gosta de invadir, tornando muito mais difícil para o vírus entrar nelas”, explicou.