A Amazon foi acusada de negligência com a morte de dois funcionários em seu depósito na cidade de Bessemer, no Alabama, nos dias 28 e 29 de novembro. Uma das mortes é de um trabalhador que, horas antes, teve o seu pedido de sair mais cedo recusado pelo RH da empresa e sofreu um derrame cerebral.  

“Ele foi ao RH e disse: ‘não estou me sentindo muito bem, posso ir para casa?'”, contou o colega de trabalho Isaiah Thomas, que também explicou que muitos funcionários do armazém não têm folga suficiente e convivem com o medo de serem demitidos se tirarem um dia além dos designados. “E esse cara não tinha o suficiente [tempo livre não remunerado] para ir para casa. Então, eles disseram a ele: ou você vai para casa e perde o emprego, ou fica e continua trabalhando com a dor. E foi isso que ele fez,” contou ao canal de notícias More Perfect Union.

 

Outro trabalhador, Perry Connelly, disse ao canal que esse funcionário morreu em um trailer e contou que os gerentes diziam para que o trabalho continuasse sendo feito normalmente. 

“Não há desligamento, não há momento de silêncio, não há tempo para sentar e orar. Algumas pessoas que trabalharam diretamente com ele ou o conheciam bem ficaram muito abaladas. Algumas delas queriam ir para casa e não tiveram permissão. Você é um corpo. Uma vez que esse corpo se esgote, eles simplesmente vão trazer outra pessoa e fazer o trabalho”, lamentou.

A empresa não respondeu aos pedidos de entrevista ao More Perfect Union.