O valor do aluguel residencial que tiver vencimento em outubro terá reajuste de 8,25%, percentual que corresponde à variação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGPM), indicador responsável pelo aumento da maioria dos contratos de locação em vigor no Brasil, no acumulado dos últimos 12 meses.

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a mudança é devido à segunda deflação consecutiva do índice, que retrocedeu 0,95% no último mês de setembro, comparada à queda de 0,7% em agosto.

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Para se ter ideia do aumento, a pessoa que paga ao mês R$ 1.500 de aluguel terá de desembolsar mais R$ 123,75 para continuar no imóvel, o que eleva o valor a R$ 1.623,75.

Para o cálculo do IGPM é considerada a variação de preços de bens e serviços, como, por exemplo, matérias-primas para as produções agrícola e industrial e para a construção civil.

O coordenador responsável pelos índices de preços da FGV, André Braz, explica que, em setembro, a deflação o IGPM foi novamente influenciada pelas quedas registradas nos preços de commodities e combustíveis. “O preço do minério de ferro caiu 4,81%, ante queda de 5,76% na última apuração. Já os preços do diesel (de -2,97% para -4,82%) e da gasolina (de -8,23% para -9,18%) recuaram ainda mais em setembro”, diz, em nota.

“No âmbito do consumidor, a inflação ficou menos negativa — passou de -1,18% em agosto para -0,08% em setembro. O setor de serviços contribuiu para tal movimento, com destaque para passagem aérea (27,61%), aluguel residencial (1,42%) e plano e seguro de saúde (1,15%)”, encerra Braz.