Por Laura Alviz e Sarah Marsh

BERLIM (Reuters) – O governo de centro-esquerda da Alemanha anunciou nesta quarta-feira novas diretrizes feministas para moldar sua diplomacia e trabalho de desenvolvimento, incluindo a criação de um novo cargo para uma “embaixadora da política externa feminista”.

A Alemanha fará lobby para garantir que as preocupações das mulheres sejam mais focadas em todo o mundo, que as mulheres sejam melhor representadas e que os generosos fundos de desenvolvimento do país sejam alocados mais para projetos que combatam a desigualdade de gênero, de acordo com as diretrizes.

Dada a influência da Alemanha como a maior economia da Europa e um importante ator diplomático, a medida dá um novo impulso ao movimento de política externa feminista, que foi iniciado por um governo sueco de esquerda em 2014.

Tal política foi adotada nos últimos anos por outros países como Canadá, França, México e Espanha –embora a Suécia a tenha abandonado no ano passado após uma mudança para um governo de direita.

“Trabalharemos muito para dar ao nosso serviço diplomático uma face mais feminina e aumentar a proporção de mulheres em cargos de alto escalão”, afirma a primeira ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, na introdução das diretrizes de política externa feminista, que têm 88 páginas. Atualmente, apenas 26% dos embaixadores alemães são mulheres.

“Também iremos alocar nossos recursos financeiros de forma mais sistemática a serviço da política externa feminista”, disse a política do partido dos Verdes.

(Reportagem de Alexander Ratz, Sarah Marsh, Andreas Rinke e Laura Alviz; Reportagem adicional de Matthias Williams)

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